segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O lixo de cada dia, toda ação tem uma reação


foto: Camila de Oliveira

Segundo a Terceira Lei de Isaac Newton toda Ação tem uma Reação.

Lei III: A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em direções opostas”.

O princípio pode ser enunciada da seguinte forma:



Se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B, receberá deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e de sentido contrário.


Assim, |FA-B| = |FB-A|.

Comerciantes colocam seus lixos na rua para que os lixeiros da Prefeitura Municipal de São Paulo recolham. Mas com a demora do recolhimento, esse lixo é esparramado por moradores em situação de rua e os dependentes químicos.

Esse mesmo lixo esparramado é recolhido no começo da madrugada pelo serviço público nos dias de semana e nos finais de semana permanecem espalahdos até a próxima segunda-feira. E, claro, tudo isso espalhado a céu aberto! O lixo é tanto que não é possível andar nas calçadas é preciso andar pelo meio da rua. 


Na segunda-feira o mesmo lixo dos próprios comerciantes + o lixo acumulado no final de semana permanecem no mesmo local só que pior: em meio a fezes humanas e de animais.

Não sei como o comerciante da região aceita essa condição. Isso sem falar de quando chove e os bueiros entopem ....(veja foto abaixo)



Rua Santa Ifigênia alaga toda vez que tem chuva ,
as pessoas precisam se ilhar dentro das lojas
(foto: Paula Ribas)


Lixo na rua que não foi recolhido pela Prefeitura se mistura a forte chuva
Os pedestres usam sacos plásticos para poder andar pelas ruas , na calçada não é possível
(foto: Paula Ribas) 

Fico imaginando o que pensam enquanto jogam água na calçada e esfregam o chão e portas cheio de fezes na porta de seu comércio.



É interessante analisarmos este fato, pois a Prefeitura não faz o seu papel e os comerciantes e moradores que pagam seus impostos em dia, convivem com esta situação.

Será que na casa do Prefeito de São Paulo acontece o mesmo?

Estive no bairro do Jardins e pude perceber a diferença: nenhum lixo no chão!
Será que o lixo deles é mais limpinho que o nosso?
Ou por que o bairro dos Jardins tem mais assistência que o centro?
Afinal, nós pagamos os impostos estipulados pela prefeitura. E sem pechinchar.
Fica aí uma dica para você leitor explorar mais esta temática.

Camila de Oliveira

foto: Camila de Oliveira





2 comentários:

Gabriele disse...

Paula, tudo bem?

No último domingo, dia 19 de fevereiro, passei de ônibus por ali, acompanhada de minha prima, estavamos justamente conversando sobre o que está acontecendo nessa região atualmente. Quando passamos em frente a Rua dos Andradas com a Ipiranga, havia muito lixo espalhado na rua e calçadas, uma quantidade que chamou a atenção, então ela me perguntou "Nossa, o que é essa quantidade de lixo?" minha resposta pra isso foi "Olha, eu acredito que é o lixo dos moradores e comerciants, que é espalhado pelos moradores de rua, que procuram algo e depois deixam ali mesmo" No mesmo momento, uma passageira sentada a minha frente, se virou e disse "Olhe, eu trabalho no serviço de limpeza de rua para a Prefeitura, moro por perto e limpo essas ruas todos os dias, e sei que por aqui também passa coleta de lixo. Os moradores de rua não estão mais por aqui, pois a polícia os expulsou. Isso ai, são os próprios moradores que continuaram jogando!"
Eu comentei com ela que não há lógica em deixar sua própria rua naquele estado, e ela não soube me explicar com mais detalhes. Gostaria de perguntar a você, houve mesmo essa diminuição dos moradores de rua e viciados na região depois da ação da polícia? Os moradores e comerciantes descartam o lixo nos horários próximos ao de coleta? A varrição de ruas acontece diariamente mesmo?

Obrigada! Gabriele.

Paula Ribas disse...

Oi Gabriele,
Muito importante sua colocação a respeito do lixo.
Infelizmente ainda nosso bairro passa por muitas situações que não são veículadas pela imprensa.
Nós moradores colocamos este assunto para que todos possam fazer como você, questionar. Para que todos vejam a realidade de perto.

Sobre a diminuição das pessoas em situação de rua e os dependentes químicos, apenas se espalharam. Ainda permanecem pelo bairro perambulando, usando o crack e vagando meio aos lixos deixados pela Prefeitura Municipal de São Paulo. A assistência de saúde pública é precária e não atende a demanda que necessita de auxílio.

Sobre os descartes de lixo, o comércio coloca o lixo no horário de fechamento da loja (geralmente às 18hs) e os lixeiros demoram para passar, isso dias de semana.
Aos sábados e domingos sequer passam em horários marcados.
Quando tiver a oportunidade passe pelo bairro as 10hs da manhã aos domingos e verá a realidade.

Realmente não podemos negar que existem moradores e comerciantes que não colaboram, acham que o lixo é só colocar na rua e está resolvido. Na verdade não é só isso, existem vários participantes neste processo.

Sobre a varrição da rua não nego, vejo sim pessoas limpando, mas o bairro tem um grande acúmulo de lixo (principalmente aos finais de semana) e os serviços públicos não acompanham este acúmulo gerado. Por isso peço atenção neste assunto para ter horários exatos junto ao fechamento das lojas.
Concluindo, acho que falta serviço de limpeza pública no centro, pois deveria ter mais funcionários e mais horários dos caminhões recolherem o lixo.
A região produz um lixo considerado "rico" , pois são materiais de elétrico/eletrônicos, papelão, plásticos, lixo de escritório,etc.. poderiam ser otimizados em parcerias com ONGs ou associações de reciclagem.
Dentro de um sistema colaborativo todos ganhão: as pessoas, a cidade, gera oportunidade de trabalho e renda, entre outros benefícios.
No meu ver o mais importante é a saúde mental e física de quem está na região.

Obrigada Gabriele por seu comentário e diálogo.
Nós também queremos uma cidade melhor para todos.


Camila de Oliveira

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O blog Apropriação da Luz é a oportunidade de você ver e saber como os moradores e comerciantes da região da Santa Ifigênia e Luz pensam sobre o projeto Nova Luz. Veja conteúdo produzido por moradores da região e saiba o ponto de vista de quem passa pelos impactos sociais do projeto. Pois, ver por dentro é ver de perto. Grata por seu interesse!

 
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