sábado, 15 de janeiro de 2011

Cancelada 1° audiência pública Nova LUZ: alguns pontos para reflexão



Caro Leitor,

Ao presenciar ontem a 1° audiência pública do projeto Nova LUZ não contava com o CANCELAMENTO da audiência por número de participantes excessivo de moradores, lojsitas e interessados. Ninguém contava com essa. Pois, todos os presentes queriam estar no mesmo espaço físico e não em salas separadas acompanhando por telão a sessão.

O auditório da FATEC com 350 lugares ficou pequeno para tanta gente. Do lado de fora ainda tinham por volta de 100 pessoas para entrar, sem falar da quantidade que já estava instalada no chão do auditório. Estava irespiravel e intrasitável.

"Por motivos de segurança de todos os presentes, recebo uma orientação da polícia militar que não há segurança disponível para todos. Por isso, a sessão está cancelada. Em breve marcarei nova data", explicou o secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem.
Os presentes aplaudiram com euforia.

Eu também apoiei o cancelamento, pois é preciso que todos os interessados participem e de modo seguro. Afinal, é uma Audiência Pública – auto explicativo. E acho legítimo que todos estejam compartilhando esse espaço e esse momento é de todos os interessados.

Mas, também, percebi muito equívoco em vários participantes.  Uma postura de bandalheira sem foco, sem consciência, sem propósito a não ser o de bagunçar e tentar “algo” através da pressão.

A ira está associada ao medo, a falta de conhecimento do próprio projeto, a falta de diálogo do que acontecerá com suas residências, propriedades e trabalhos. Muitos que ali estavam não tem a menor idéia do que está proposto no projeto exibido desde o dia 17 de Dezembro de 2010 (disponibilizado através do site www.novaluzsp.com.br). Muitos participantes estavam ali sem saber pelo que lutavam.  A luta, o posicionamento e a negociação é necessária e um direito. Mas, sem foco e diálogo joga contra todos.

Não quero que entendam que estou aqui defendendo ou acusando um ou outro lado. Estou exercitando o bom senso, meu direito a ter opinião e expressar.
Não há um vilão. O maior vilão é a falta de diálogo e de informação.

A primeira parte de tempo da audiência é usada para a exposição do projeto por parte da Prefeitura e do consórcio e em seguida é aberta a palavra ao público participar, expor, questionar e sugerir. 

Tivemos (e teremos) uma nova oportunidade ao espaço público aberto para sermos ouvidos. Mas será que todas aquelas pessoas que estavam tão iradas tinham o que dizer? Tinham idéias, questionamentos do objetivo de estarmos ali? Ou apenas uma necessidade de desabafar suas fúrias? Fúria essa alimentada também por opiniões de outras pessoas que tem interesse de manipulação também na região. Essa é uma postura de tirania, de ditadura ao contrário partindo do povo para o poder público. Por que o povo não quer exercer democracia?  Não quer dialogar, expor o que pensa, expor o que quer, expor sugestões? Senti falta disso.

De qualquer maneira teremos a próxima data marcada.
Que possamos utilizar esse dia para o diálogo, esclarecimentos e a troca de ideias.

 Há momento para falar,

Há o momento para ouvir!  

Ouvir também faz parte da democracia.

No exercício da expressão e aberta a troca de ideia agradeço sua leitura.
Grata!
Beijos
Paula Ribas

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